sábado, 17 de janeiro de 2009

A vida de Elias







Me impressionou aqui no México a quantidade de crianças trabalhando até altas horas da noite. É muito comum à meia-noite, uma da manhã, crianças com caixas de chicletes, balas, cigarros e caixas de limpar sapatos zanzando pelas ruas. Elas são pequenas, têm, no máximo, 10 anos, e já levam vida de gente grande. Muitas, inclusive, carregam e vigiam outros irmãos ainda menores. É dura a vida de criança pobre no México. Aliás, pelos lugares que tenho andado só existem crianças pobres e ou filhas de pais trabalhadores, que precisam trabalhar também.
Esse menininho que está na foto que abre esse post chama-se Elias. Ele estuda de manhã e à tarde e à noite fica pela rua vendendo chicletes. Ontem sentamos para tomar um suco de laranja. Daí conversamos um pouco. Na verdade ele queria falar muito pouco. Queria mesmo posar para fotos. Adora tirar fotos. Ele me pediu para cantar uma música em português. Nenhuma me veio à cabeça. Fiquei chateada por decepcioná-lo. Não queria contribuir com mais um desapontamento na vida desse pequeno. Mas, enfim, a vida nas ruas do México não é a mesma do que as das ruas da Cancún.

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